Uau, faz mesmo 3 anos que eu não entro aqui? É bom estar de volta ^^
Não sei porque, mas eu amo o que eu criei nesse espaço. Tava lendo meus textos antigos e pensando “eu já sabia de tudo isso?”. E é engraçado como pensamos que nossos problemas atuais são todos originais, e aí a gente olha para trás e vê que não. Consigo ver cada fase minha aqui. Coisas que mudaram e que permanecerem. Bom, posso dizer que eu mudei muito em 7 anos (acredito que esse seja mais ou menos o tempo que eu abri esse blog). Coisas sobre o futuro, que pareciam nubladas na minha adolescência, começam a se desenhar com traços mais claros agora. Claro, ainda não tenho tudo definido. Esse não faz o meu estilo nessa vida — o Destino está sempre mudando a direção e força do vento para me guiar ao que tem que se concretizar.
[Quando eu estiver lendo essa parte no futuro, espero estar com um sorriso no rosto e pensando “você conseguiu” ^^ ]
Relendo meus textos uma coisa fica muito clara, um problema pendente que nesse instante está me dando um trabalhinho para resolver. Nunca soube nada sobre o meu futuro. Sabe aquelas pessoas que tem tudo planejado? Poisé, eu as invejo. A única coisa que conheço é o que não quero e o que desejo. Esse último tem batido forte ultimamente, e em cada canto desse blog você vai ver isso. O desejo de ser amada, mas mais do que isso, o de me permitir amar.
É estranho olhar para minha antiga eu e ver o quão enfaticamente ela já apontava o fato de eu me fechar para o amor. A resposta sempre esteve bem ali, “não dá certo porque você não permite”.
É ótimo ser independente, ter amor-próprio e cuidar das suas próprias coisas. Porém, isso não é o suficiente. Tudo o que nós humanos fazemos tem como objetivo o afeto que iremos receber. Dinheiro, carreira, caridade… tudo isso tá longe de ser algo que nos preenche por si só. Queremos o resultado disso, que é o reconhecimento de que somos de alguma forma importante para alguém ou para um grupo. Então não vou mais me fazer de superior às coisas do coração, pois tem algo – mais do que uma pessoa – algo que eu quero muito viver. Que o Destino me ofertou que fez qualquer outra opção perder o brilho. Ele me cantou as cartas antes mesmo da aposta ser lançada.
Só tem um problema.
Tenho todas as cartas que preciso na mão, mas não sei jogá-las. Aperfeiçoei minha poker face antes de aprender as regras. Decorei meus blefes, mas não consigo prever a próxima jogada. Agora eu sei que para apostar tudo, tem que também estar disposta a perder tudo. Não sei me entregar ao amor porque sempre me vi como alguém com poucas fichas, e as poucas que tinha eu não queria arriscar. Quem arriscaria todas suas fichas por mim? Diferente do jogo de cartas, no amor você TEM que se mostrar vulnerável, tem que apostar tudo com as cartas (e o coração) na mesa!
Eu sempre quis ser escolhida, mas nunca escolhi. Sempre quis ser amada, mas sempre recuei ao menor sinal disso. Como faço pra mudar? Ainda não tenho a resposta. Mas por ele… esse que aparece em alguns dos meus textos e foi uma das coisas que surpreendentemente não mudaram em tantos anos, por ele é “all-in”! Eis que finalmente encontrei algo que não estou disposta a abrir mão.
Apostei com o Destino e, ao menos dessa vez, vou deixá-lo ganhar.
“Tem uma razão do porquê você não pode ir, uma razão do porquê você fica. É porque nós pertencemos um ao outro desde o início.
[…] E a única coisa mais assustadora do que ficar é ir embora
porque nossas almas já sabiam que nunca poderíamos nos separar.
[trecho traduzido do texto Souls, de N. R. Hart]